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5 de maio de 2007

inCOMUNS n° 07

- Olha, mandaram entregar pra vocês.
Silêncio, nervosismo...
- Quem abre?
- Nem olhem pra mim! Não! Não adianta! Dá pra parar?
- Frescura... Me dá, eu abro!
Após breve leitura, um olhar desconfiado e um sorriso desajeitado deixaram escapar o anúncio de uma chegada há muito esperada. Aquele papel nos dava a garantia do real, do concreto. Os “médicos”, enfim, anunciavam o nascimento de um “filho” há seis anos em gestação.
- FINALMENTE!


O laboratório de Multimeios está pronto e os estudantes foram convidados oficialmente para a inauguração. Nem precisava desse cuidado todo, afinal, a festa é em nossa casa.

Como era de se esperar, já chegam até os nossos ouvidos boatos sobre a paternidade e maternidade da criança. Muitos dos que olharam com desdém para todo o período de gestação, são os que agora disputam o primeiro tapinha no bumbum do recém chegado. A guarda da cria entrará em disputa nos debates de corredor. E a intenção não é cuidar ou querer bem, é apenas massagear o ego.

Os estudantes - estes sim - tiveram participação decisiva na concretização desse laboratório, que durante muito tempo foi apenas sonho. Ao trocar o balão da imaginação pela irreverente maquiagem de palhaço e barulhentos apitos; ao usarmos a mais afinada ironia e o mais radical discurso; ao cobrarmos da coordenação e ocuparmos a reitoria; aceleramos essa gravidez e assumimos o papel de parteira.

Nesse caminho de cobranças que optamos seguir, nos chamaram de moleques, desocupados, pretensiosos, ingênuos, e criticaram a nossa intransigência na luta por um curso de qualidade. Os pratos de críticas estão postos para os visionários míopes engolirem.

Parabéns pessoas COMUNS. Que a conclusão desse laboratório não seja um “cala a boca” nos anseios por a UESPI que verdadeiramente queremos. Nosso curso está longe do ideal e muitos outros “filhos” precisam nascer.

Vamos em frente!

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